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Foto: Frederico Falcão Salles

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Anuário faz raio-x sobre novas espécies de inseto e traça perfil de pesquisadores no Brasil


Quantas novas espécies de inseto são registradas no Brasil a cada ano? E quem são os pesquisadores responsáveis por este trabalho? Essas são algumas das perguntas que o Anuário Hexapoda pretende responder, trocando as estimativas por números e nomes de verdade. A iniciativa partiu do pesquisador Alberto Moreira da Silva-Neto, professor e orientador do PPG Entomologia do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA).


A primeira edição do artigo, disponível na revista Entomobrasilis, foi assinada por 75 autores e traz os dados de 2020. Ainda este ano, será publicada a segunda edição, com dados de 2021, compilados por 102 autores. A intenção é que, após a publicação dos dados de 2022 e 2023, o grupo estabeleça um ritmo de trabalho que permita uma publicação anual, sempre referente aos registros do ano anterior.


"A taxonomia, a descrição destas espécies, é o pilar de toda a nossa ciência. É daí que você extrai conhecimentos para ecologia, para controle de pragas, para saúde, etc. A partir do momento que a gente mapeia esse conhecimento, a gente permite que o Governo possa, por exemplo, alocar recursos de forma mais inteligente", avalia Alberto. A expectativa do grupo é que o anuário possa ser consultado também pelos próprios taxonomistas, que têm organizadas, pela primeira vez, informações sobre as ordens de insetos e as regiões do Brasil que estão mais carentes de pesquisa e de recursos.


680 novas espécies

A primeira edição do anuário registra a descoberta de 680 espécies em território brasileiro em 2020. Além disso, traz gráficos sobre o gênero dos pesquisadores, número de autores por espécie, localização geográfica destes autores, instituições às quais estão vinculados, revistas nas quais os trabalhos foram publicados e fator de impacto destas revistas, dentre outros dados. "E, no nosso anuário número dois, traremos novidades: também estamos olhando de onde estão vindo essas espécies, por município e, depois, por região e por bioma. Quantas espécies de 2021 saíram, por exemplo, da caatinga, do cerrado, da Amazônia? Quem está estudando isso? São pesquisadores da região nordeste? Ou do sudeste?", adianta Alberto.


A lista apresentada pelos pesquisadores se soma a outra iniciativa, o Catálogo da Fauna Brasileira, que reúne todos os dados de todas as espécies da fauna registradas no Brasil ao longo dos anos. "Ambos têm o mesmo diferencial: deixam as adivinhações de lado e apresentam números de verdade. Esses números são fundamentais para tomada de decisões e alocação de recursos mais assertiva."


Foto: Capiguara albertoi/ Diego Mendes



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