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Foto: Frederico Falcão Salles

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RBE: quase sete décadas de história


Na década de 1950, sessão extraordinária da SBE. Da esquerda para a direita, Eduardo Navajas, Ângelo Moreira de Costa Lima, Flavio R. da Fonseca, Jack Lane e José P. da Fonseca. Imagem do Centro de Memória do Instituto Butantan

O maior patrimônio da SBE está entrando agora em seu 70º ano. Nascida em 1954, no Instituto Biológico de São Paulo, a Revista Brasileira de Entomologia já tem 69 anos completos de muita história e muita informação. O formato que vemos hoje, aqui, é naturalmente muito diferente do que criaram e do que poderiam imaginar os primeiros entomologistas que se dedicaram a esse projeto, quase 20 anos depois do nascimento da nossa sociedade.


Na lista de fundadores da revista estão entomologistas de grande renome, com destaque para o presidente honorário, Ângelo Costa Lima, e o presidente Flávio da Fonseca. E, se eles deram o primeiro e fundamental passo na década de 50, outros grupos vieram depois, com características diferentes, para colocar a revista no patamar que ela está hoje.


"Bolei uma maneira de contar essa história dividindo em quatro etapas diferentes", diz Claudio J. B. de Carvalho, editor da revista em dois momentos (2009 a 2012 e 2014 a 2016). "Tivemos o momento inicial, de 1954 e 1972, a fase Idealista, de 1973 a 1983, a fase de Credibilidade, entre 1984 e 2000 e a Expansão, de 2001 em diante." Essa organização, na visão de Claudio, nos dá a oportunidade de entender os diferentes saltos de desenvolvimento da revista, com características e conquistas coerentes com o momento e com as habilidades dos profissionais envolvidos na revista.


Reprodução de capas das edições impressas da RBE ao longo dos anos

"A fase idealista, por exemplo, é muito bonita. Hoje temos tudo e, nessa época, se montava a revista como eram montados os jornais, palavra a palavra. Depois veio o aumento da credibilidade da revista, e nisso a importância do professor Ubirajara Martins (que dirigiu a revista nesta etapa) é enorme. Era uma revista não de São Paulo, mas nacional. Essa credibilidade foi construída por ele, que pegava os artigos, anotava, fazia revisões, montava a capa, fazia tudo. Se dedicava muito a isso", conta Claudio.


Novo endereço

A etapa de expansão da revista coincide com a mudança de endereço da sede da publicação de São Paulo, onde nasceu, para o Paraná. "Deste momento eu me lembro bem. Em dezembro de 2000, o pessoal de São Paulo entrou em contato com a gente. Fomos eu, o professor Rodney Cavichioli e o professor Gabriel Melo, que foi também presidente da SBE e editor da revista, de carro para São Paulo e apanhamos tudo, todos os arquivos. Viemos com um caminhão-baú abarrotado com toda a história da RBE."


A partir de 2001, a revista (e também a sociedade) passou a ter como sede a Universidade Federal do Paraná, onde vive sua fase de expansão. "Em 2003, fizemos nossa primeira parceria com a Scielo, e em 2008 passamos a dar preferência a artigos em inglês. Na época havia certa resistência e essa ideia, mas creio que hoje todos entendem a importância dessa decisão", diz o ex-editor. De olho na internacionalização, em 2013 a RBE passou a publicar exclusivamente textos em inglês e ganhou o subtítulo "A Journal on Insect Diversity and Evolution", potencializando o número de citações dos artigos publicados. Pouco tempo antes, em 2012, a revista passou a ser editada exclusivamente online.


"Esses processos de consolidação e de internacionalização são fundamentais porque, com eles, conseguimos entregar o que os autores querem - uma revista que tenha qualidade, que seja visualizada, e que tenha uma comissão editorial competente. Esse é o valor da marca RBE", avalia Claudio. "O que nos dá muito orgulho é saber que, mesmo se adequando à nova realidade editorial internacional, a RBE se mantém fiel aos princípios de priorizar a ciência básica e a produção científica de qualidade produzida localmente. E, até por isso, é considerada a revista mais tradicional da Entomologia Latina", acrescenta o presidente da SBE, Rodrigo Feitosa.


Depois de mais de 20 anos sendo editada exclusivamente por pesquisadores vinculados à UFPR, a revista hoje está sob o comando do professor Frederico Salles, da Universidade Federal de Viçosa (UFV), em Minas Gerais.



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